sábado, 26 de fevereiro de 2011

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

terça-feira, 2 de novembro de 2010

ARQUIVO DA MEMÓRIA



Pela estrada fora... antes de o caso mental nascer.

domingo, 12 de setembro de 2010

Joaquim Paiva


A título pessoal, uma vez que o caso mental se serve de outra fonte para os dados da biografia, ficam registados os episódios e acolhimento servidos com aguardente e figos secos, em alguns casos muito próximos de verdadeiros comas, mas sendo a companhia boa, as horas tendem a embalar as várias histórias e vice-versa...


BIOGRAFIA

Joaquim Maria Silva Paiva nasceu a 6 de Agosto de 1930, em Lapas, Torres Novas.
Até aos 23 anos trabalhou no campo como agricultor. Depois de alguns anos como operário de uma oficina de fundição, passou a sua vida activa como fiel de armazém numa empresa rodoviária. Em 1981, reforma-se.
Volta ao campo, mas em 1986, devido à sua débil saúde, retira-se completamente dos trabalhos fisicamente mais duros e, a par com a destilação da sua aguardente particular, cria os seus primeiros bonecos.
A primeira peça que assina é a dupla “Adão e Eva”.
Entusiasmado com o resultado e as reacções, nunca mais parou de inventar e fabricar bonecos.

Utiliza ferramentas rudimentares e madeiras diversas que aproveita do terreno que possui em Lapas.
Trabalha a ritmo lento, daí o número total de peças que criou, até hoje, ser muito reduzido, sendo muito raro encontrar uma obra sua. Cada uma delas tornou-se, por isso, um verdadeiro objecto de culto.
Viúvo e sem filhos, vive sozinho, apenas acompanhado dos bonecos que deu ao mundo.

* biografia UpArt


Objectos de Culto



SER E TER

A posse e o culto de objectos de arte ou de design como elementos identitários é algo que parece ser próprio da natureza humana.

Temos o que somos?
Desde sempre que o homem recolhe, colecciona e cultiva objectos, essencialmente pelo exotismo, pela religiosidade e pelo saudosismo que eles contêm e deles emana. Uma prática inicialmente alheada de quaisquer preocupações científicas ou museológicas, muitas vezes movida por rituais bizarros ou secretos, mas que, na maioria dos casos, tem a ver só com a descoberta de uma identificação pessoal com os objectos em causa.
São objectos que, na sua essência, mantêm intactas as premissas de pureza, simplicidade e genuinidade que tão ansiosamente buscamos, de forma infrutífera, nas pessoas com quem nos relacionamos, ao mesmo tempo que, nos antípodas, podem corporizar toda a espécie de complexos, fantasmas e fetiches, que secretamente nos atormentam e que de uma maneira ou de outra nos esforçamos por exorcizar.

Somos o que temos?
No que diz respeito aos objectos artísticos, estes relacionam-se intíma e afectuosamente com o seu proprietário ou conservador, coisa que não parece acontecer com outros tipos de objectos de culto, como relógios, carros, telemóveis – que são cultivados por mera exibição ou ostentação de status. Não quer isto dizer que no culto deste tipo de objectos não se verifique igualmente uma boa dose de afectividade – basta pensar nos aficionados do Citroën 2CV ou da Triumph Thunderbird 1950 para o perceber. Da mesma forma que, no que concerne ao culto de objectos artísticos, o facto status não se evidencie também – também aí ele existe e é cada vez mais patente no mercado oficial de arte.
A ostentação sempre foi uma maneira pouco elegante de tentar fazer vingar o poder que se tem, qualquer que ele seja. Mas nunca como no séc. XXI – o século em que a vaidade vai à feira! – se assistiu a uma tal demonstração de ausência de carácter! E de uma forma tão democratizada! Pela primeira vez, a manifestação ostensiva de status é transversal a todo o espectro das classes sociais, desde a aristocracia ao proletariado. Todos têm acesso, hoje, à exibição de uma caneta Mont Blanc Diplomat, de um fato Armani ou de um relógio Cartier Tank, mesmo que não passem de pechisbeques contrafeitos na distante Ásia! E é triste verificar que o mundo ocidental pretenda, do oriente, somente o pior que ele tem para nos oferecer: a exploração esclavagista das suas populações e o menos espiritual das suas realizações!

Ter para ser
Interessa-nos, todavia, relevar uma outra ordem de objectos: aqueles que são avaliados e valorizados apenas pela relação afectiva que têm com os seus proprietários. Assim também se define a sua cotação – não no mercado, mas num círculo restrito de iniciados, unidos por códigos aparentemente imperceptíveis, mas perfeitamente claros para os que dele fazem parte. São objectos pelos quais se mantém uma relação que ultrapassa a compreensão da maioria das pessoas, mas que faz a delícia de todos quantos a cultivam.
Uma boneca de madeira da Ti Guilhermina, de Vila Flor, ainda não faz parte do acervo de nenhum museu ou galeria, mas quem a possui não se separa dela por nada deste mundo!
Da mesma forma, quem possui uma boneca Venavi (Togo/Ghana) nutre por ela um carinho tão intenso quanto o gémeo africano que a possuiu na origem, ainda que por razões bem diferentes.

Ser para ter

Se haverá objectos cujo carácter único os tornam verdadeiras jóias da coroa e por isso de custo avultado, muitos outros haverá em que não será pelo seu custo que se inviabilizará a sua aquisição. Não é tanto pelo carácter mais ou menos valioso das peças coleccionadas, antes pelo carácter menos ou mais ambicioso do coleccionador que uma colecção satisfaz o seu proprietário. Há quem se contente com um fac-símile de um rascunho de uma obra de Picasso e outros que não descansam enquanto não adquirirem a “Guernica”, ela mesma!

Neste “ser e ter” compulsivo assenta a dialética que nos permite a assunção de que, no culto de um objecto, cada pessoa tem o privilégio e a oportunidade de revelar só para si uma parcela dos grandes mistérios do mundo. E que, em cada um desses objectos, é possível encontrar muitas das pistas denunciadoras das nossas origens mais remotas, assim como vislumbrar os sinais vitais dos nossos rumos mais extremos.

Tiago Coen

( publicado no blog UpArt )



sexta-feira, 18 de junho de 2010

O CASO MENTAL na casa mais portuguesa de Barcelona


A CASA PORTUGUESA

Calle Verdi 58 Barcelona
http://www.acasaportuguesa.com

Arte en Casa (Exposição 3 Artistas Portugueses)
- 15 Junho a 17 Setembro -

quinta-feira, 18 de março de 2010

quarta-feira, 17 de março de 2010

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

CONTAR A "VOZ DO OPERÁRIO"





Mãos à Obra, Exmos Senhores fedelhos grandes e pequenos, contar a história de um senhor e uma fábrica, de um jornal e de muitos operários, de uma rainha caduca e a casa da aia, da real barraca hoje palácio e de como regar os tapetes de flores no interior da sala, nem sempre pode ser boa ideia...

MÃOS À OBRA



O Caso Mental não se consegue livrar desta sina... às vezes afasta-se, outras aproxima-se, mas vai lá dar, mesmo de olhos cerrados.

Não há nada a fazer, o melhor mesmo é juntar-se a eles.... mãos à obra, miúdos!

"A bordo do Beagle"

domingo, 13 de dezembro de 2009

Preparos para uma viagem, entre as Galápagos e mais além... (em construção)



"Noite estrelada a bordo do Beagle" #1/série "a bordo"; *Ana Bossa 09



"... à volta de Darwin" #5/série "a bordo"; *Ana Bossa 09



"O pequeno grande curioso" #1/série "curiosos"; *Ana Bossa 09

1,2,3... luz, câmara, acção! O boato circulava a sussurar pelos cantos, mas num dos cantos lá estava o cenário montado.
O entusiasmo colava os bonecos à personagem e a personagem à história e a sombra à escada.
A partir desse instante, o momento era dos outrora eternos estáticos... as estátuas de terra passavam à história, pela janela entra agora luz natural...

Técnica: Suporte Papel/Terracota; Aguarela; Cera; Tinta de Água; Desenho de Luz; Fotografia; Photoshop.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

estes dias...


por estes dias, sabe onde me encontrar, mas... recomenda-se alguma cautela na aproximação, em honra do abismo, que por estes dias, está sempre à espreita, mesmo por baixo dos pés e que apesar de ironizar a quadra, definitivamente ladra mas não morde.

*imagem de Norman Rockwell

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

muchas gracias...



Ao senhor, que sabe muitas estórias e de história também, um senhor com muitos anos, muitas palavras, imagens e silêncios.

Muchas gracias Tio Marujo e parabéns!

*ilustração de angel bolígan

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

enfim...



Enfim, a este passo, quem ia a caminho tardou em chegar e é Montano que trás a boa nova, esperando gozar das suas mais cativantes qualidades, nas quais a preguiça se mistura com a contemplação, enquanto outras ficam negligenciadas e adormecidas... enfim, idêntica à sua sombra, "encostada à parede, a sombra de Montano sonha ser um grande detective"

sexta-feira, 5 de junho de 2009

sexta-feira, 29 de maio de 2009

quinta-feira, 28 de maio de 2009

JIM HENSON





Caro Jim Henson,

Este caso mental vai ganhar novo fôlego em ter por cá, pelo menos, a ideia da sua pessoa a espreitar à esquina.

O caso mental dava um braço por ter vivido metade da sua vida, mas ainda assim um braço seria necessário para dar vida a kermit the frog e a tantos outros, mesmo por instantes...

pensando bem, coloco isto em outras palavras, não bastando o rótulo de um tema neste caso mental, para exprimir admiração em doses industriais, nunca fez tanto sentido a existência desta categoria do caso mental, Srº Herói.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Quem és tu, Bordalo?







* imagens extraídas do livro "Quem és tu, Bordalo? 7 máscaras para brincar, edição Museu Bordalo Pinheiro.

FAMÍLIA PROCURA MUSEU







A família dos bonecos aguarda que o bom senso acorde e o Museu de Arte Popular desespera!